Los Hermanos

Mais uma edição de nossa coluna musical em parceria com a Cheiro de Pizza, desta vez para falar sobre a mini turnê mais que especial que a banda carioca Los Hermanos vem fazendo Brasil afora. Os shows comemoram os 15 anos de existência da banda formada por Marcelo Camelo, Rodrigo Barba, Rodrigo Amarante e Bruno Medina. Esta turnê passou por Salvador nos dias 6 e 7 de maio passado, lotando mais uma vez a Concha Acústica do TCA.

Pryscilla Afonso, do blog parceiro (e paraense) Frenesi Cultural, esteve no show que a banda fez em Belém, no dia 28 de abril, e escreveu sobre. Reproduzimos agora a íntegra de seu belo texto. No final deixaremos o link para o texto original. Um muito obrigado por mais esta edição da coluna e boa leitura.


Enfim… Aconteceu

Depois de muita espera, em 28 de abril, data que todo hermanomaníaco almejava. A banda carioca Los Hermanos que desde 2006 não havia voltado a nossa cidade, embalou seus grandes sucessos. 2007 foi o ano que anunciaram a parada nas atividades do grupo, por tempo indeterminado. O que consiste até hoje, cada um enveredou para um projeto diferente, rolando apenas shows aleatórios para deleite dos fãs, mas em comemoração aos 15 anos da banda, resolveram fazer uma turnê com 24 shows e Belém entrou na rota dos caras através de manifestações dos fãs via redes sociais.

Entre cartazes contra Belo Monte e críticas ao DJ que tocava durante o intervalo de espera do show, o tempo foi passando. O show marcado para as 22h teve início às 00h deixando muitos aflitos. Alguns chegaram bem mais cedo para pegarem um bom lugar, outros com medo que começasse pontualmente. O que era pouco provável de acontecer, mas o grande incomodo foi realmente o DJ que ao invés de animar causou efeito contrário, levando para casa algumas palavras reconfortantes.

Durante a apresentação, as músicas eram cantadas com um gosto de saudade, 6 anos sem compartilhar com outras pessoas o gosto que as músicas dos hermanos representam. As projeções no fundo do palco contrastando com as músicas se criou uma harmonia entre ambas. Como de praxe o grupo não interagiu muito com o público, quem já foi aos shows deles sabe, mas as músicas falaram por si, com apenas algumas interrupções para agradecer ao público.

Claro que confete e serpentina não poderiam faltar durante “Todo Carnaval tem seu Fim”, algumas flores foram erguidas em “A Flor” e ainda presenteando Marcelo Camelo com uma delas, balões de coração jogados ao ar em “Sentimental”. Tudo fruto da interação de alguns fãs pelas redes sociais que manifestaram levar esses objetos no dia. Foi surpreendente terem colocado no repertório “Azedume”, “Vai Embora”, “Tenha Dó” e “Casa Pré-Fabricada”, sem contar com “Ana Júlia” que de tanto se negaram a cantar durante apresentações anteriores nem ousaram em pedir e quando se achava que isso era tudo, ainda tocaram “Tempo Perdido” da Legião Urbana deixando alguns atônitos. No sufoco, alegria, aplausos, choros, suor… Assim foi a noite, ainda contando com alguns pássaros sobrevoando os céus daquele espaço, arrancando alguns suspiros do público.

Será que lançarão álbum novo? A pergunta que não quer calar. É o que os fãs anseiam. Recordar é viver, mas chega de The Best of, go hermanos.

Texto original aqui

* Fotos: Adson Pinheiro e Dah Passos